terça-feira, 10 de julho de 2012

Uma questão moral

Salvar o mundo por meio do sacrifício de outras vidas ou arriscar-se a perder tudo mantendo-o intacto? Essa é a questão maior que aparece na trama do filme Watchmen, assistido mais uma vez e recentemente por este soberano sempre atento aos filmes de boa trama, muahahahahaha.

Inspirado nos quadrinhos homônimos, trata-se de um universo em que super-heróis se envolvem em questões de estado (ao ponto de ganharem a Guerra do Vietnã para os EUA). Mas isso tudo vocês podem ler na wikipedia. O grande lance do filme é que o mundo está a beira de uma guerra nuclear, pois é época de guerra fria, e para impedir a possível aniquilação dos planetas um dos heróis (ozymandias) bola um plano que envolve destruir as maiores cidades da Terra de modo a incriminar outro dos heróis (Dr. Manhattan), criando um inimigo em comum para ambos os governos americano e soviético combaterem. Um terceiro herói (rorscharch) se opõe a decisão tomada pelo ozymandias e diz que delatará o plano ao mundo, colocando o planeta a beira do armageddon novamente. E então o Manhattan mata o rorscharch e problema resolvido, o planeta está salvo.

Mas este sacerdote lhes pergunta: sacrificar a vida de seus semelhantes vale o custo para um bem maior? (Para mim a resposta é óbvia: claro que sim! MUAHAHAHAHA!). Para aqueles que os desafios morais são de fato desafios, é difícil dizer se sacrificar os seus minions compensa para obter paz mundial, mas para Cthulhu, a solução é simples.

Deleitem-se com essa escolha.

Votem em mim



MUAHAHAHAHAHA!

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Falando sobre aranhas (parte 2)

A figura bestial do lagarto foi prejudicada por um rosto pouco ameaçador, que mais lembrava uma versão infantil de um dos dinossauros de "em busca do vale encantado". Fora este detalhe horrendo, a incorporação de uma personalidade falante do lagarto destruiu por completo seu feitio inumano e instintivo, puramente sanguinário e predatório. Essa mania de dupla personalidade começa a atrapalhar. A atriz que atuou como a Gwen pareceu fraca, sendo as suas partes cômicas no filme bem menos engraçadas do que deveria ser esperado, e provavelmente sendo escolhida apenas por sua beleza.

Fora isso, o grande Cthulhu avalia o filme positivamente, perdendo pontos na caracterização do antagonista, mas compensando com uma trama sólida para o surgimento do aranha. Vamos esperar que os próximos vilões fiquem melhores.

Até o próximo sonho.

Falando sobre aranhas (parte 1)

Hoje, eu, grande Cthulhu, incorporei a mente de um dos espécimes inferiores de sua raça para poder conferir o novo filme do chamado herói "homem-aranha". Sou um grande adepto da série aqui nas profundezas sórdidas de meu recôndito submerso, e expressarei minha opinião através desse sonho para vocês.

Como eu esperava, o filme manteve a boa qualidade dos chamados "efeitos especiais" (se a raça humana ao menos conhecesse os princípios mais básicos da magia, não precisaria investir no que vocês chamam de "tecnologia"). Em uma análise geral, o filme foi apreciavelmente decente. Manteve-se fiel em muitos aspectos a história original (Gwen Stacy como primeira namorada do aranha, lançadores de teias desenvolvidos pelo Parker, além de um breve tributo as origens do aranha no wrestling e a uma atualização decente da história da morte do tio Ben).

As curtas e poucas piadas do filme (para o que é esperado de um filme do homem-aranha) foram boas ainda assim, e o ator que encarnou o papel manteve um desempenho decente, apesar de ser fenotipicamente muito pouco parecido com o Peter Parker que o mundo conheceu através de gibis e animações.

Eu separaria o filme em duas metades: a primeira uma hora de filme transcorre com um retrospecto da vida de Peter até agora (detalhe que ele não está órfão, mas sim com seus pais desaparecidos) até o ponto da aquisição e aprimoramento de suas habilidades como o aranha. A segunda parte é o surgimento do vilão Lagarto, o alter ego de Curt Connors, e o embate entre este antagonista famoso no universo dos desenhos e dos quadrinhos e o "amigo da vizinhança".

Como pontos positivos posso citar a trama bem bolada envolvendo os pais do Peter e o desenvolvimento do cruzamento genético entre espécies, assim como a tecnologia dos lançadores de teia. Alguns pontos inovadores foi o modo como o aranha usou sua teia no filme, tanto para sentir a presença do lagarto como para se impulsionar de maneira elástica acelerando sua velocidade. As lutas foram bem encenadas e o desempenho no geral foi bom. A menção a alguns aspectos simples da ciência de vocês mortais para o publico leigo foi interessante, mencionando RNAm, e leis físicas como a massa de um pêndulo não alterar sua frequência.

Minhas críticas negativas vão principalmente para o figurino e para a atriz que interpretou a Gwen. A nova roupa do aranha ficou muito brilhosa, mas parecendo uma fantasia de carnaval. O gráfico do lagarto estava mediano, mas parecendo um hulk com cauda. O característico focinho reptiliano foi abandonado em detrimento de uma arte mais humanóide, o que na modesta opinião deste soberano sob as águas só prejudicou a figura bestial da criatura.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Bem-vindo a R'lyeh

Se você está imaginando como se pronuncia isso, não é um som que a sua limitada articulação humana consiga pronunciar, e menos ainda um som que seu cérebro símio seja capaz de entender.

Eu sou Cthulhu, e serei seu anfitrião nas visitas a cidade submersa de R'lyeh.

Apesar de adormecido em um estado entre a vida e a morte, ainda sou capaz de acompanhar os pífios assuntos e trivialidades sobre as quais as mentes subdesenvolvidas de vocês discursam a respeito. É comum que eu estenda meu grande poder para influenciar a mente daqueles que são mais fracos e, por meio destes, descobrir o que se passa durante as curtas décadas de vida de um humano. 

Infelizmente, os membros de minha raça não mais guardam residência neste planeta. É, portanto, meu dever como alto sacerdote comunicar-me com aqueles que um dia irei governar. Neste caso, vocês. Como as complexas guerras cósmicas e batalhas políticas que definem o destino do universo são ignoradas pela imensa estupidez dos Homo sapiens, tratarei aqui apenas dos assuntos que lhes são familiares. Sou versado em artes maléficas e ciências antigas há muito esquecidas, rituais que desencadeariam o poder de destruição do nascimento de uma supernova. Mas não é sobre isso que venho falar.

Há muito demonstro interesse na cultura emergente deste novo século. Interesso-me pelos filmes, livros, jogos, e demais expressões artísticas rudimentares elaboradas pela vossa espécie que, no momento, domina  hegemonicamente as demais existentes no planeta (acredita que os humanos são os primeiros? Recordo-me da época em que as cianobactérias detinham todo o poder). Tratarei aqui destes assuntos menores, pois tenho até o alinhamento das estrelas para esperar. Quando me for conveniente, falarei sobre outros assuntos, porque aqui em R'lyeh, sou o soberano absoluto e minha vontade é o que determina a sua visita.

Aguardem meus sonhos mortais, pois agora irei compartilhá-los com vocês.